Por Renata Pin

Advogada especialista em franquia, contratos e LGPD. Sócia fundadora do escritório que atende empresas de vários tamanhos e áreas de atuação

As microfranquias têm ganhado destaque por oferecerem uma porta de entrada mais acessível ao empreendedorismo, especialmente para aqueles com recursos limitados. No entanto, é necessário avaliar esse modelo com cautela. Embora o investimento inicial seja menor, o retorno financeiro também pode ser proporcionalmente reduzido.

Um ponto que me preocupa é a tendência de alguns franqueadores de adaptar seus modelos de negócios para formatos menores, visando atrair mais franqueados. Essa estratégia, se não for bem estruturada, pode resultar em operações com suporte insuficiente, comprometendo a sustentabilidade da rede e a satisfação dos franqueados.

Antes de investir em uma microfranquia, é essencial realizar uma análise cuidadosa. Primeiro, é fundamental pesquisar detalhadamente a franqueadora, investigando seu histórico, reputação e buscando depoimentos de franqueados atuais para entender melhor a experiência na rede. Verifique também o suporte oferecido, garantindo que a franqueadora disponibilize treinamento adequado e assistência contínua.

Por fim, é indispensável realizar um planejamento financeiro realista, considerando todos os custos envolvidos e projetando o potencial de retorno, alinhando as expectativas à realidade do mercado.
Embora as microfranquias representem uma oportunidade de investimento mais acessível, o sucesso depende de uma análise cuidadosa e de uma gestão diligente. Investir tempo na pesquisa e na preparação pode fazer toda a diferença.