A inteligência artificial (IA) tem ganhado cada vez mais espaço no universo das franquias, impulsionando transformações significativas na forma como as marcas se relacionam com seus clientes. Redes de franquias de grande porte, como o McDonald’s, estão investindo em soluções de inteligência artificial para agilizar o atendimento, melhorar a experiência do consumidor e tornar as interações mais personalizadas. A rede anunciou que adotará sistemas de IA em todas as unidades do mundo, com foco na automatização de pedidos e na redução do tempo de espera nos restaurantes, começando por quiosques de autoatendimento e drive-thrus, que já contam com assistentes automatizados em fase de testes nos Estados Unidos. Essa movimentação revela uma tendência clara: a tecnologia está se tornando um diferencial competitivo também no setor de franchising.

O uso estratégico da IA permite que franqueadores e franqueados otimizem operações e melhorem a jornada do cliente, seja por meio de chatbots treinados para responder dúvidas em tempo real, seja por meio de assistentes virtuais que coletam dados para entender melhor o comportamento dos consumidores. Em um modelo de negócios baseado em padronização e escala, como o das franquias, a inteligência artificial pode trazer ganhos relevantes em eficiência e consistência no atendimento.

No âmbito jurídico, essa evolução tecnológica também impõe novos desafios. É fundamental garantir que o uso de dados siga as normas de privacidade e proteção vigentes, além de assegurar que os contratos de franquia contemplem cláusulas específicas sobre o uso de IA pelas unidades franqueadas. A transformação digital chegou às franquias, e o papel do direito é acompanhar, orientar e garantir segurança jurídica nesse processo.