Investir em uma franquia é, para muitos empreendedores, uma forma de minimizar riscos ao apostar em um modelo de negócio já testado no mercado.
No entanto, mesmo redes amplamente consolidadas, como o recente caso da Cacau Show demonstra, não estão isentas de problemas. Relatos de franqueados insatisfeitos, dificuldades financeiras e tensões no relacionamento com a franqueadora mostram que a marca, por si só, não garante sucesso. Portanto, é crucial que se faça uma análise rigorosa do negócio antes de efetivá-lo.
Essa análise deve considerar fatores como a adaptação da marca e do produto à região pretendida, o suporte real oferecido pela franqueadora e, sobretudo, o clima da rede: conversar com franqueados atuais, escutar diferentes experiências e buscar informações em fontes confiáveis são passos fundamentais. Contar com a assessoria de um advogado especializado em franquias também é importante, tanto para avaliar as cláusulas do contrato quanto para entender os riscos e as obrigações do modelo. O entusiasmo com o nome da marca não pode se sobrepor ao olhar técnico e estratégico necessário para tomar uma decisão segura.
Do outro lado, o franqueador também tem uma responsabilidade enorme ao expandir sua rede. A venda de franquias deve ser feita com seriedade, transparência e compromisso com a sustentabilidade do negócio no longo prazo. Uma rede mal estruturada, ou vendida sem critérios, pode ter sua imagem desgastada rapidamente diante de crises como a que afeta a Cacau Show. A boa gestão de uma rede franqueada começa na seleção criteriosa dos franqueados, passa por uma comunicação clara e um suporte consistente, e se reflete na solidez da marca.